Quando o coração transborda

Maíra Oliveira (Esquadrão da Vida – Brasília / DF)

quando_o_coracao_transborda_foto_humberto_araujo_ALTA-43.jpgQuando o coração transborda estreou em 2015 com grande sucesso. Depois de algumas temporadas no DF, com mais de 60 apresentações, a peça alça novos voos com circulação nacional, ampliando seu público e divulgando a história cultural de Brasília, uma vez que é resultado de um novo olhar sobre o trabalho do Esquadrão da Vida, criado por Ary Pára-raios, pai de Maíra, há 38 atrás. A atriz percebeu como sua relação com seu pai e mestre influenciava seu fazer artístico e o trabalho da trupe. E decidiu que era preciso lançar um novo olhar para o futuro, sem perder os aprendizados do passado. Reverenciar a história, sem deixar de mirar a invenção do novo.

Foi então, repassando a história de sua relação com a arte, com o teatro e com seu pai e mestre, Ary Pára-Raios, que nasceu o roteiro de Quando o coração transborda. Na montagem, questões que envolvem a labuta diária do fazer teatral são expostas através das relações de atriz e mestre e de pai e filha, abrilhantando o olhar sobre o teatro e sua importância, bem como contribuindo para a discussão sobre o próprio fazer artístico e sua relevância para o momento atual.

O trabalho partiu da investigação de textos, memórias, cartas, músicas, poemas e imagens que fazem parte da trajetória do Esquadrão da Vida, da atriz e de seu pai. Em cena, um emaranhado de histórias e depoimentos que, juntos, compõem uma análise poética sobre a escolha profissional como artista.

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ESQUADRÃO DA VIDA – Fundado em dezembro de 1979, por Ary Pára-Raios, o Esquadrão da Vida foi pioneiro na abordagem de temas como o resgate e a valorização da cultura popular, a denúncia de exclusão de uma parte importante da sociedade dos espaços culturais tradicionais, a conscientização ecológica, dentre vários outros temas que ainda hoje ocupam os debates no mundo. Em sua linguagem, incorpora elementos expressivos das festas populares e de saltimbancos, como acrobacia, música e dança.

Sinopse: A partir de textos, músicas, cartas e lembranças, Maíra Oliveira reflete sobre o ofício do ator, aborda temas intimamente ligados à sociedade brasileira contemporânea e reconstrói sua trajetória como atriz, relembrando um pouco da história do grupo Esquadrão da Vida e da relação com seu pai, o grande criador Ary Pára-Raios.

Ficha Técnica
Atuação e Roteiro: Maíra Oliveira
Direção: Maíra Oliveira e João Antonio de Lima Esteves
Direção Musical: Roberto Corrêa
Preparação Corporal: Daniel Lacourt
Produção: Carvalhedo Produções
Direção de Produção: Tatiana Carvalhedo
Assistentes de Produção: Marcelo Nenevê, Pedro Ribeiro e Jef Alves
Figurino: Maria Carmen
Iluminação: Marcelo Augusto

Serviço
“Quando o coração transborda”
Maíra Oliveira (Esquadrão da Vida – Brasília / DF)
Dia 16 de novembro
Local: Teatro Reviver
Horário: 20h
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos

Os ingressos serão distribuídos meia hora antes (somente um por pessoa).
ATENÇÃO: Não será permitida a entrada após o início dos espetáculos.
Programe-se!

Tempos de Cléo

Márcia Costa (Maringá / PR)

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Foto: Renato Domingos

Realizado com recursos do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2014, a primeira inspiração para este trabalho foi uma personagem real das ruas maringaenses chamada Cléo. A partir da observação desta assídua frequentadora do campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que o projeto surgiu e ganhou corpo, para aos poucos, durante o processo, descolar-se da personagem e seguir outros rumos.

“Tempos de Cléo” propõe um encontro ao ar livre. De repente, nos deparamos com a errante, uma acumuladora de histórias e seu corpo transbordado de memórias. Em uma pessoa está a lembrança de muitas: a alegria de Jéssyca, o amor da mulher que só por amar já vai pro céu, a simpatia do consertador de sapatos, o nervoso ex-militar da feira, o delicado vendedor de algodão doce, o intrépido homem que não toma remédio contra HIV e tantos outros e outras que estão nessa instigante jornada. No espaço de passagem ou na passagem do tempo fica o convite para saborear essas histórias.

O espetáculo estreou em outubro de 2015 em Maringá, após mais de um ano de processo, cumprindo temporada de dez apresentações em locais variados, como a feira livre, a Universidade Estadual de Maringá, praças e Academia da Terceira Idade do Conjunto Ney Braga. Desde então, o espetáculo vem participando de festivais, tais como a mostra FRINGE, do Festival de Curitiba; o FESTIA – Festival Internacional de Teatro de Canoas (RS) e o FETACAM – Festival de Teatro de Campo Mourão. Apresentou-se também no SESC Cadeião Cultural de Londrina, na Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo/SP e na extensão da primeira edição da Só em Cena, em Sarandi.

Ficha Técnica
Atuação: Márcia Costa
Direção: Gabi Fregoneis
Texto e Assistência de direção: Carolina Santana
Figurino: Cristine Conde
Projeto visual: Sérgio Augusto
Música: Édipo Leandro Ferreira
Produção e Assessoria de Imprensa: Rachel Coelho
Costura: Adriana Madeira

Serviço:
“Tempos de Cléo”
Márcia Costa (Maringá/ PR)
Dia 17 de novembro
Local: Teatro Barracão
Horário: 20h30
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre

NESTE DIA HAVERÁ INTÉRPRETE DE LIBRAS.

Parceria com o projeto Convite ao Teatro
Os ingressos serão distribuídos meia hora antes (somente um por pessoa).
ATENÇÃO: Não será permitida a entrada após o início dos espetáculos.
Programe-se!

Conversas com meu pai

Janaina Leite (São Paulo / SP)

Em uma velha caixa de sapatos, Janaina guarda uma infinidade de bilhetes que trazem frases escritas por Alair, seu pai, que sofreu uma traqueostomia e perdeu a capacidade da fala. Esse foi o ponto de partida de um work in process de quase sete anos que culminou na morte do pai e que deixa como herança um amontoado de formas, esboços e questões com as quais a atriz tenta lidar em cena.

A atriz, do premiado grupo XIX de teatro, em parceria com o dramaturgo Alexandre Dal Farra (Prêmio Shell 2013 de melhor autor e indicado ao APCA em 2014 e 2015), flagra nesses papéis rascunhados o mote para a dramaturgia de uma comunicação silenciosa entre pai e filha.

Projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz / 2015.

Ficha técnica

Concepção e Interpretação: Janaina Leite
Texto: Alexandre Dal Farra.
Direção e cenografia: Janaina Leite e Alexandre Dal Farra.
Vídeos: Bruno Jorge.
Iluminação: Wagner Antônio.
Figurino: Melina Schleder.
Direção de Palco: Michel Fogaça.
Design Gráfico: Rodrigo Pereira.

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Conversas com meu pai | Janaina Leite (São Paulo / SP)
Dia 23 de novembro (quarta-feira)
Local: Teatro Barracão
Horário: 20h30
Duração: 65 minutos.
Classificação: 14 anos

Entrada gratuita, ingressos distribuídos meia hora antes (somente um por pessoa).

ATENÇÃO: Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. Programe-se!